quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A MÃE DO FILHO


O "pequeno" cresceu. A mãe o ensinara a crescer... e crescer significa ser responsável tomando decisões e assumindo consequências.
Aprendeu. Cresceu tanto, que decidiu ir. Decidiu por si mesmo, sem perguntar se a mãe ia sofrer. Nem para a própria mãe e nem para ele mesmo.
- "Vou experimentar. Se não gostar, volto." Nem aquele: "você não fica triste?", de quando era pequeno. E a mãe racionaliza que é um direito dele querer ir e pensou:
- "Vai ser bom pra ele. - Que bom!"
O menino aprendera a se respeitar, a seguir os próprios impulsos medindo as consequências por si mesmo.
Sentindo-se vitoriosa, a mãe constatou que conseguira ensinar, com simples palavras e atitudes, o que aprendera por si mesma a duras penas.
Racionalmente, tudo bem! Mas mãe, aquela que vem das entranhas, que gerou que pariu, não consegue ver a pessoa do filho, mas a sua cria. É animal. Não animal sem alma, mas com um instinto tão forte que sufoca a razão.
A vitória se manifesta em choro. Saudade. De manhã, o barulhinho do chuveiro, o rock baixinho no quarto. À tarde, o telefone, sempre ocupado. De madrugada, a televisão ligada. Copos pelo chão. Tênis pelos cantos. O sono pesado e inconsequente da adolescência e juventude.
No armário vazio, só os cabides atestam: ele não mora mais ali. Vai voltar?... a mãe só sabe que o quarto vazio, irritantemente arrumado, dói demais... e vai doer ainda, até que a mulher consiga refazer a mãe dentro de si e fique apenas feliz porque o menino cresceu.
Um mês depois, a mãe encara o menino crescido. Não dói mais. Está refeita, plenamente feliz e sente orgulho, pois: O "pequeno" cresceu e não se foi... apenas mudou de endereço!!

O MEDO EMPATA A VIDA

O medo empata a vida
Todos nós, uma vez ou outra, sentimos medo.
O medo é um sentimento que aniquila, fragiliza, embota nossos talentos, aprisiona nossa alma e tolhe nossa iniciativa.
Qualquer situação desconhecida apresenta duas possibilidades de resultado quando a enfrentamos: ou saímos dela bem-sucedidos ou fracassamos.
O medo nada mais é do que a fixação na derrota, a recusa da mente em considerar a possibilidade do bom resultado; a convicção neurótica de que, em hipótese alguma, seremos capazes de superar nossas limitações.
E, desta forma, muitos dos sonhos que alimentamos permanecem inatingíveis porque não nos permitimos transformar a fantasia em paredes, portas e janelas. Porém, a mudança de atitude é responsabilidade de cada um.
Ninguém pode assegurar sucesso, felicidade ou vitórias a ninguém - afinal, o risco sempre existe: podemos tentar e fracassar, apesar de todo o esforço.
No entanto, uma pergunta se impõe: o que vale mais - cem anos de segurança, resignação e frustrado ou um minuto de alegria e prazer?
Quem não arrisca fica protegido do perigo - mas, enquanto não pulamos o muro do medo, não sabemos o que existe do outro lado.
Quem ousaria apostar que, ao invés do fim, não encontraremos lá o sentido de nossa vida?
Quem nos pode assegurar, sem medo de errar, que não nos aguarde lá do outro lado do muro
- o fim de nosso arco-íris, o nosso potinho de ouro? Quem?!
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